Tartarugas até lá embaixo

Capa_TartarugasAteLaEmbaixo_G_243x349

(imagem retirado do site da editora Intrínseca)

Informações gerais: escrito por John Green lançado pela editora Intrínseca. Ficção – literatura infanto-juvenil.

Sinopse (retirada do site da editora intrínseca): “A história acompanha a jornada de Aza Holmes, uma menina de 16 anos que sai em busca de um bilionário misteriosamente desaparecido – quem encontrá-lo receberá uma polpuda recompensa em dinheiro – enquanto lida com o transtorno obsessivo-compulsivo (TOC).”

Tartarugas até lá embaixo é mais um livro do John Green repleto sensibilidade ao abordar sobre assuntos normalmente mais pesados da forma mais leve possível e se misturando a uma história central. Neste caso é aventura de Aza Holmes e sua amiga Daisy Ramirez em busca de um milionário desaparecido a qual há uma recompensa em dinheiro para quem achá-lo. Só que Aza Holmes possui transtorno obsessivo-compulsivo (TOC) o que faz com que ela, além de entrar na aventura de ir investigar o desaparecimento do milionário, precisar trata de sua saúde mental e lutar para que o TOC não domine totalmente sua vida.

O livro não fica somente focado no TOC, mas também em mostrar os desafios da perda de um ente querido, a realidade de viver um relacionamento com um pai tóxico, os vínculos e a empatia de amizade presentes na adolescência. Ou seja, nos traz , junto com os personagens dos livros, mais entendimento, compreensão e empatia a todos que estão sofrendo com algum desses desafios em sua vida. A história me fez sentir junto com as personagens, rir com elas, chorar com elas, e me sentir dentro dessa imensa aventura. O autor, para ser justa, sempre me faz isso, me sentir totalmente integrada aos personagens, como eu fosse eles e ao mesmo tempo também amiga deles e me colocando dentro do livro.

Apesar do livro narrar uma aventura junto com com todos esses temas sobre relacionamentos e saúde mental, tudo está totalmente relacionado intrinsecamente com a história contada. Um tema está totalmente sincronizado com os outros, totalmente integrado, fazendo ser um livro fluído e muito gostoso de se ler. Não dá para ser a mesma história, com o mesmo nível de inteligência emocional e fluidez se tirasse qualquer um desses elementos. Ela está totalmente correlacionada a cada desafio presente, a cada personagem envolvido e a cada emoção apresentada. É uma linda composição que me fez aprofundar totalmente em meus próprios sentimentos e refletir sobre todos os meus conceitos sobre os assuntos abordados.

John Green nunca me decepciona, trazendo sempre uma história diferente e abordando junto vários assuntos difíceis que nos fazem compreender melhor que está os vivenciando. É um livro que traz a esperança para que tem algum transtorno ou doença mental e ajuda a trazer empatia sobre esses assuntos para quem não conhece tanto sobre esses assuntos, ajudando a derrubar diversos preconceitos e julgamentos.

Amor a Todos ❤

O som do amor

20180316_154422.jpg

Informações gerais: escrito por Jojo Moyes, lançado pela editora Intrínseca. Ficção – literatura estrangeira.

Sinopse (retirada do Skoob): “Matt e Laura McCarthy são obcecados pela ideia de herdar a Casa Espanhola — uma construção malcuidada e quase em ruínas no condado de Norfolk, interior da Inglaterra, que tem um valor simbólico para os moradores locais. Para atingir esse objetivo, Laura, a mando do marido, faz todas as vontades do velho Sr. Pottisworth, o proprietário. Entretanto, como o homem nunca deixou nada por escrito, quem acaba por herdar a casa é uma parente distante, Isabel Delancey.
Primeiro violino na Orquestra Sinfônica Municipal, em Londres, Isabel tinha uma vida tranquila com seus dois filhos e o marido, mas tudo virou de cabeça para baixo quando ele morreu em um acidente de carro e deixou uma grande dívida. Sua única oportunidade de recomeço é fincar moradia na Casa Espanhola — algo que o casal McCarthy vai tentar impedir a qualquer custo.
O som do amor é um romance sobre obsessão, manipulação, segredos e paixões. Por meio de personagens carismáticos e capazes de tudo para realizar seus objetivos, Jojo Moyes mantém seu estilo inconfundível em uma brilhante história de recomeços.”

Mais um livro de Jojo Moyes lido e, até o momento, nenhuma decepção. A estória conta, principalmente, a história de Isabel Delancey, que ao perder o marido, vê a sua vida virada ao avesso e a obrigando a tomar a decisão de se mudar com seus dois filhos de cidade (de Londres para Norfolk) e ir para uma casa a qual mal conhece. Contudo, Jojo Moyes se volta para o ponto de vista de vários personagens, dando uma maior amplitude da situação que a família Delancey acabou se encontrando a ir morar na Casa Espanhola. A casa está caindo aos pedaços e, para piorar, ela é objeto de desejo e obsessão de Matt e Laura McCarthy, que estão dispostos a fazer tudo para cumprir seus objetivos.

Ao iniciar o livro, já fiquei angustiada tanto com a condição de Isabel quanto de Laura, uma por seu luto e não ter a experiência de administrar a casa; e outra por ter de ficar numa posição submissa a Sr. Pottisworth e ao seu marido, mesmo sendo vista por muitos como uma mulher impecável. As duas estão sofrendo com a dificuldade de seguirem os seus sonhos, e, a partir disso, a escritora mostra o como é mais difícil de uma mulher seguir seus desejos sem serem julgadas comparados com a de um homem. Isabel chega a ser julgada por sua própria filha por sua paixão pela música, e Laura fica sendo mal vista ou vista com pena, mais pelas atitudes de seu marido, do que pelas suas próprias ações. Isso não fazem serem perfeitas, ou 100% inocentes, mas serem uma demostração da grande diferença entre ser homem e ser mulher na nossa sociedade.

Apesar das duas estarem sofrendo, vi muita falta de empatia das mulheres umas com as outras, até mesmo as amigas de Laura, que chegam a julgar umas as outras, até mesmo a “incapacidade” de uma destas amigas manter seu marido fiel. Nesta cidadezinha tem bem essa situação de todos saberem da vida de todo mundo o qual vivem lá, sendo um ninho para fofocas e críticas da vida de cada um, piorando muito essa condição de falta de empatia feminina.

As personagens femininas também nos dá a lição de como tem uma exigências sobre elas serem perfeitas e saberem tudo quanto necessário, entre cuidar da aparência da casa, das contas,  como a cuidar dos seus filhos,estando eles sempre em primeiro plano na vida da mãe (diferente do pai). Laura já está habituada com essa responsabilidade, mas Isabel, por poder seguir por um tempo sua maior atenção a sua carreira, tendo o pai e a babá ajudando a criar os filhos quando ela não podia por culpa de seu trabalho, não estava habituada com o lugar visto de maternidade imposta pela nossa cultura. Para piorar, o marido de Isabel, Laurent, também cuidava de todas as finanças, a deixando inexperiente a lidar com isto, deixando mais complicado para ela enfrentar todas as mudanças pela morte de Laurent, somando ainda por ainda sofrer com seu luto. Isabel começa, tudo de uma vez, a ser obrigada a lidar com os julgamentos por não saber muito das coisas vistas como obrigatórias na maternidade e as consequências por ter se mantido alienada das contas, das despesas e da administração da casa  (sendo necessário muitas vezes da ajuda de sua filha).

Laura, enquanto isso, precisa muitas vezes se sacrificar para manter seu marido satisfeito e deixá-lo seguir com sua obsessão. Matt me deixa desconfortável por me fazer ser muitas vezes cúmplice de seu mau caratismo em suas ações, vendo todos mais como objetos do que como seres humanos. Ele reclama de Sr. Pottisworthm mas, para mim, tem muitos traços parecidos com o do senhor. Matt e Byron nos mostra o quanto o passado pode nos marcar pelo resto de nossas vidas e nas nossas ações, sendo necessário muitas escolher de qual forma você vai agir para conseguir enfrentá-lo.

Por fim, Jojo Moyes no joga na cara o que realmente importa e qual é o o preço quando se mantemos obcecados por tanto tempo com algo. Como uma obsessão por algo pode afetar as nossas relações e de como podemos sofrer ao continuar a alimentá-la. É um livro maravilhoso, mas assustador ao encarrarmos os pontos de vista de vários personagens e ao ver como uma idealização pode nos deixar cegos e nos fazer mudar nossa atitude. Ela me deixou questionando em vários de meus comportamentos e julgamentos, além de me emocionar muito em várias partes. Continuo ansiosa para continuar lendo os livros dela e achando a escrita dela espetacular.

 

Amor a todos ❤

Os Legados de Lorien

os2blegados2bde2blorien

Informações gerais: escrito por Pittacus Lore, lido por mim todos os livros físicos da saga Os Legados de Lorien (Eu sou o número quatro, O poder dos seis, A ascensão dos noveA queda do cincoA vingança dos seteO destino da número dez e, por fim, Unidos somos um), lançados pela editora Intrínseca. Ficção infantojuvenil – fantasia.

Sinopse do primeiro livro, Eu sou o número quatro (retirada do Skoob): “Nove de nós vieram para cá. Somos parecidos com vocês. Falamos como vocês. Vivemos entre vocês. Mas não somos vocês. Temos poderes que vocês apenas sonham ter. Somos mais fortes e mais rápidos que qualquer coisa que já viram. Somos os super-heróis que vocês idolatram nos filmes e nos quadrinhos mas somos reais.
Nosso plano era crescer, treinar, ser mais poderosos e nos tornar apenas um, e então combatê-los. Mas eles nos encontraram antes. E começaram a nos caçar. Agora, todos nós estamos fugindo.
O Número Um foi capturado na Malásia.
O Número Dois, na Inglaterra.
E o Número Três, no Quênia.
Eu sou o Número Quatro.
Eu sou o próximo.”

Finalmente hoje terminei essa saga a qual tanto amo (sendo uma das minhas favoritas) e decidi, ao invés de só comentar sobre último livro, falar da saga em si (não se preocupe, não terá spoilers). Gosto muito dessa saga deste que assisti ao filme… sei que ele não é uma super obra artística e nem muito fiel ao livro, porém agradeço por o terem feito, pois foi assim que tive vontade de ler o Eu sou o número quatro.

O primeiro livro é narrado só por um personagem, o qual possui poderes (legados), e em primeira pessoa, mostrando como a vida dele está a partir da morte do número Três. Agora Quatro e seu Cêpan (lorieno, sem legados, responsável treinar e cuidar do número Quatro) precisam tomar mais cuidado ainda de não serem pegos, porque Quatro agora pode ser o próximo a ser perseguido e morto.

Este primeiro livro já mostra um pouco de como será a escrita dessa saga: sempre em primeira pessoa, com uma linguagem fácil, rápida e muito gostosa de se ler, com partes cômicas e outras de plena ação. O que muda, contudo, nos próximos livros, é que outros personagens também ganham a possibilidade de ter capítulos narrados em primeira pessoa, dando uma maior profundidade a estória e nos fazendo ter um maior conhecimento maior sobre o universo onde se passa a saga.

Os personagens são muito bem construídos, com todos tendo sua própria história e personalidade única e todos com poderes de me irritar em certas partes. Uns eu passei a amar, outros eu era indiferente e alguns eu passei a ter uma raiva permanente por seus comportamentos estúpidos.  O escritor, que na verdade são dois escritores, conta uma estória original a qual nos dá a oportunidade de ter medo da morte de seus personagens e se sentir uma grande empatia por muitos deles.

A escrita e a estória nunca escorregam em sua qualidade, sendo todos os livros muito bons e emocionantes. A saga se mantém, pelo menos por parte dos livros físicos, fiel aos personagens criados e aos fatos narrados, sendo maravilhosa do início ao fim e não me decepcionando de nenhuma forma. Apesar dela não ser uma leitura super conceituada e culta, é uma série para relaxar e se divertir.

Indico Os legados de Lorien não só ao público infanto juvenil, mas a todos os quais gostariam de ler um livro repleto de aventura e relaxante ao mesmo tempo. É uma série feita para todas as idades. Infelizmente ainda não li os livros extras lançados em e-book, mas vou tentar ler o mais rápido possível e fazer a resenha deles aqui também.

 

Amor a todos ❤

Pax

wp-1484095630013.jpg

Informações gerais: escrito por Sara Pennypacker, ilustrado por Jon Klassen, lançado pela editora Intrínseca. Ficção – infantojuvenil.

Sinopse (retirada do skoob): “Peter e sua raposa são inseparáveis desde que ele a resgatou, órfã, ainda filhote. Um dia, o inimaginável acontece: o pai do menino vai servir na guerra, e o obriga a devolver Pax à natureza. Ao chegar à distante casa do avô, onde passará a morar, Peter reconhece que não está onde deveria: seu verdadeiro lugar é ao lado de Pax. Movido por amor, lealdade e culpa, ele parte em uma jornada solitária de quase quinhentos quilômetros para reencontrar sua raposa, apesar da guerra que se aproxima. Enquanto isso, mesmo sem desistir de esperar por seu menino, Pax embarca em suas próprias aventuras e descobertas.
Alternando perspectivas para mostrar os caminhos paralelos dos dois personagens centrais, Pax expõe o desenvolvimento do menino em sua tentativa de enfrentar a ferocidade herdada pelo pai, enquanto a raposa, domesticada, segue o caminho contrário, de explorar sua natureza selvagem. Um romance atemporal e para todas as idades, que aborda relações familiares, a relação do homem com o ambiente e os perigos que carregamos dentro de nós mesmos.
Pax emociona o leitor desde a primeira página. Um mundo repleto de sentimentos em que natureza e humanidade se encontram numa história que celebra a lealdade e o amor.”

A primeira palavra a qual surge na minha cabeça ao terminar esse livro é Unidade. Esse livro conta a história da grande união de uma criança com seu animal de estimação, o amor de um pelo outro, a devoção e zelo dos dois. Além dessa união, vem o significado maior de Unidade, a filosofia de que todos os seres estão ligados um com o outro, como diz Peter (a criança) o “dois, mas não dois”. A capacidade de sentirmos, não só a si mesmo, como os seres a nossa volta, podendo até mesmo termos a capacidade de sentir os sentimentos de um outro ser com grande precisão.

A guerra, porém, traz consequências e acho que essa foi uma das grandes intenções de Sara Pennypacker mostrar em seu livro. A guerra traz separações, perdas, sacrifícios, destruição de tudo a sua volta, e ninguém enxerga muito bem o que realmente é a guerra em todas as suas partes até esta começar. Ficamos “doentes”, pois ela afeta a todos, sem exceções, da criança ao idoso, de uma criança a sua raposa, influência de forma intensa nossas ações e nosso comportamento. Mesmo quando a guerra acaba, todos envolvidos trazem mudanças permanentes dentro de si, traumas, raiva, culpa, lembranças a serem trabalhadas. Por mais necessária que seja a guerra, ela trará junto uma pesada carga de responsabilidades e consequências a todo mundo.

Outro tema sempre presente neste livro é a agressividade, a agressividade necessária para lidarmos com o mundo e aquela presente em excesso, a qual só traz destruição. Peter tem o problema de aceitar a sua e, ao sair na sua jornada para reencontrar sua raposa, ele também acaba tendo também uma jornada de aceitação da sua raiva e de iniciar o seu autoconhecimento. O medo de ter a mesma agressividade excessiva presente em sua família, esquecendo de ver que ele pode controlar isso em si, procurar sempre seguir seu próprio caminho, tendo sua própria identidade, confiar em si mesmo.

A leitura é lenta, revesando entre Peter, o menino, e a raposa Pax, e por meio deles discutindo esses e outros temas de forma discreta e suave. Pax me fez pensar e discutir diversas ideias minhas, algumas que trouxe para essa resenha, mesmo eu já sendo adulta. Pode ser um livro indicado para o mais jovens, porém é feita para todos os públicos.

 

Amor a todos ❤

Depois de você

wp-1476684408711.jpg

Informações gerais: escrito por Jojo Moyes, sequência do livro Como eu era antes de você, lançados pela editora Intrínseca. Romance – ficção.

Antes de continuar a ler essa resenha aviso que esta terá spoilers do livro Como eu era antes de você, já que este livro é, na verdade, a continuação dele. Não possuo a resenha do primeiro aqui, pois o li antes de criar este blog, mas sei que há excelentes resenhas na internet e amei o livro.

Sinopse (retirada da orelha do livro): “Lou Clark tem perguntas.
Por que acabou indo trabalhar num bar de um aeroporto, onde passa o expediente inteiro observando outras pessoas voarem para novos lugares?
Por que o apartamento onde mora há um ano ainda não parece um lar?
A família será capaz de perdoá-la pelo que ela fez dezoito meses antes?
Algum dia ela vai superar ter perdido o amor de sua vida?
Mas o que Lou sabe com certeza é que as coisas precisam mudar.
Até que, certa noite, uma pessoa desconhecida bate à sua porta.
Será que ela tem as respostas que Lou procura… ou apenas mais perguntas?
Se Lou fechar a porta, a vida vai continuar igual:simples, ordenada,segura.
Se abrir, estará arriscando tudo
Lou prometeu que continuaria viva. E se vai cumprir isso, terá que convidar essa pessoa a entrar…”

Depois de você não me decepcionou, diferente do que aconteceu com diversos leitores; talvez porque não o li repleta de expectativas, ou porque considero uma história com estilo parecido da primeira, ou porque Como eu era antes de você não ser minha leitura favorita da Jojo Moyes. Então, a minha dica para os próximos leitores, principalmente os fãs de Como eu era antes de você é: leia este livro sem nenhuma super expectativa, não leia esperando ser igual ao anterior, leia como se fosse uma nova história com a mesma personagem Louisa, a história de como ela ficou depois de Will de ter morrido. O tema deste se torna o luto, tratando tanto do dela, apesar do livro ser na primeira pessoa  de Louisa, quanto de outros personagens.

Louisa está diferente e, não só ela, como a família de Will, porque eles não tinham como passar inalterados pela decisão e morte de Will. O novo obstáculo agora, para eles, é conseguir continuar vivendo, porém precisando de um tempo antes para absorver todo o ocorrido. Amo a Louisa, com isso,  deu para eu conseguir compreender os comportamentos, sentimentos e pensamentos daqueles que a amam, e, de certa forma, eles também estão certos e tem suas razões para desejar uma melhora da personagem. O livro, ao longo das páginas, me faz entender muito dos motivos dos personagens presentes a agirem da forma que o fazem, mesmo me fazendo me frustrar com muitas de se suas decisões, pois seus motivos são altamente compreensíveis. Outros personagens, para mim, realmente agem de forma injustificável e egoísta… mas até que ponto posso julgar essas ações? Eu não sei. Tem pessoas ruins, é verdade, mas outras só estão muito enterradas em seus problemas a um nível perturbador.

Como os outros dois livros da autora que li, este me fez pensar sobre mim e refletir bastante sobre a história. Para mim existe vários pontos os quais vale a pena discutir sobre, além de me fazer pensar muito naquelas pessoas próximas a mim as quais passam pelo mesmo tipo de sofrimento que a personagem está passando. A dor não tem um prazo específico de validade: uns conseguem aceitá-la mais cedo, outros demoram mais tempo a conseguir enfrentá-la e seguir em frente; cada um avança do seu modo, tenta lutar e continuar caminhando quando lhe é possível e quando se sente pronto. Precisamos respeitar isso. Ao mesmo tempo, não podemos nos deixar afundar no peso o qual estamos carregando, podemos pedir ajuda, podemos amar de novo, podemos conversar o que estamos passando, e devemos! Cada um carrega algo dentro de si, mas não precisa fazer isso sozinho e precisa continuar avançando, não importando a velocidade.

Estes foram algumas das minhas reflexões após ler Depois de você, não quis falar muito da história para não estragá-la… posso dizer, todavia, que Jojo Moyes é uma escritora incrível e me deu uma leitura muito prazerosa com esta história.

 

Amor a todos ❤

A Garota Que Você Deixou Para Trás

wp-1474432967670.jpg

Informações gerais: escrito por Jojo Moyes, lançado pela editora Intrínseca. Ficção – literatura estrangeira.

Sinopse (retirada da parte de trás do livro): “Na França, em 1916, Sophie Lefèvre precisa manter a família em segurança enquanto seu adorado marido, Édouard, luta no front na Primeira Guerra. Quando ela é obrigada a colaborar com oficiais alemães, sua casa se torna foco de terríveis conflitos. E, no momento em que o comandante da ocupação descobre um retrato de Sophie pintado por Édouard, tem início um complicado jogo de interesses, que vai levar a jovem a tomar uma decisão arriscada.
Nos anos 2000, em Londres, o retrato de Sophie ocupa uma parede na casa de Liv Halston: um presente dado por seu marido pouco antes que ele morresse. Um encontro inesperado revela o verdadeiro valor daquela pintura e sua tumultuada trajetória. Uma história que está prestes a vir à tona e vai virar a vida de Liv de cabeça para baixo.
Em A garita que você deixou para trás, duas jovens separadas por quase um século estão juntas em sua determinação de lutar por aquilo que amam – custe o que custar.”

Faz, na verdade, um tempo que li este livro, mas o amei tanto que resolvi fazer uma resenha dele aqui no blog. Foi uma leitura a qual me mostrou a sensibilidade da escrita de Jojo Moyes, ela consegue trazer uma leveza a temas polêmicos e a histórias intensas. A leitura, praticamente possuí duas histórias principais as quais são ligadas pelo quadro feito pelo marido de Sophie. A pintura traz as duas personagens significados e lembranças pessoais muito importantes, os quais vamos conhecendo melhor ao longo do livro, fazendo toda a leitura emocionante ao ponto de eu ter chorado e soluçado em várias partes.

Apesar de Liv e Sophie  viverem em lugares e tempos diferentes, ambas possuí uma grande força para lutar por suas crenças e desejos, sacrificando tudo o que for necessário para manter o que tanto amam. As duas também passam por um momento de grande dificuldade e sofrimento. Sophie passa pela fome, dela, de sua família e de sua cidade; guerra, com sua cidade invadida por alemães; e saudades de seu marido, a qual foi convocado pela guerra. Liv passa pela perda de seu marido, o qual já morreu, um arquiteto muito famoso e encantador; e pela luta de manter o quadro que ela ama com todas as suas forças.

Com o passar da leitura, as duas histórias vão se ligando lentamente, porém se tornando mais e mais tensas e com maiores dificuldades a serem enfrentadas. As escolhas vão se tornando mais difíceis e encontramos muitas surpresas durante esse período de vida de Liv e Sophie. O livro, já cativante, se torna impossível de largar. Queremos saber qual será os destino das duas, e, também, da pintura de Édouard. O amor delas permanece, talvez até mesmo crescendo, não importando suas desventuras, e a esperança delas nos contagia, nos fazendo torcer para que no final ambas consigam o que querem e sejam simplesmente felizes.

O final, como todo o livro, é emocionante, não me decepcionando nenhum pouco e valendo a pena todo o meu sofrimento durante a escrita. O livro é repleto de suspense e amor até o seu final. É um dos meus livros favoritos.

Amor a todos ❤