Neuromancer

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Informações gerais: escrito por William Gibson, livro um da Trilogia Sprawl, lançado pela editora Aleph. Ficção científica – Cyberpunk.

Sinopse (retirada do Skoob): “Considerada a obra precursora do movimento cyberpunk e um clássico da ficção científica moderna, Neuromancer conta a história de Case, um cowboy do ciberespaço e hacker da matrix. Como punição por tentar enganar os patrões, seu sistema nervoso foi contaminado por uma toxina que o impede de entrar no mundo virtual. Agora, ele vaga pelos subúrbios de Tóquio, cometendo pequenos crimes para sobreviver, e acaba se envolvendo em uma jornada que mudará para sempre o mundo e a percepção da realidade.
Evoluindo de Blade Runner e antecipando Matrix, Neuromancer é o romance de estreia de William Gibson. Esta obra distópica, publicada em 1984, antevê, de modo muito preciso, vários aspectos fundamentais da sociedade atual e de sua relação com a tecnologia. Foi o primeiro livro a ganhar a chamada ‘tríplice coroa da ficção científica’: os prestigiados prêmios Hugo, Nebula e Philip K. Dick.”

Estava muito curiosa com este livro. A arte de capa tão chamativa ajudou a me atrair por esse livro. A 5a. edição da Aleph de 2016, é repleta de detalhes coerentes com a estória escrita por William Gibson, a divisão entre cada parte do livro e a parte de trás dele foi uns dos meus detalhes de edição favoritos. O problema não foi a edição e nem a qualidade de escrita, o problema é que simplesmente não gostei da história.

Em defesa de William Gibson, eu gosto do filme Matrix, mas nunca fui apaixonada por ele, ao ponto de eu nunca ter visto o último filme da trilogia, porque fiquei com preguiça. E este livro com certeza foi uma grande inspiração para este filme icônico. Na verdade, outra defesa para este autor é que este livro inspirou de tudo um pouco. Inspirou a entrada de vez do estilo Cyberpunk em diversas plataformas, inspirou na criação de filmes, músicas, estilos de roupas, sociedades e bandas… é um daqueles clássicos que transformou a cultura pop e o mundo inteiro consequentemente. O escritor realmente criou um mundo único, revolucionário, totalmente intrincado com o mundo digital e repleto de novos problemas sociais.

A questão para mim foi que a estória é muito lenta, e, ao mesmo tempo, o livro é cheio de detalhes necessários para o seu entendimento geral. Isso tornou tudo muito cansativo para mim. Eu precisava muitas vezes reler algum trecho, só para ter certeza de que o tinha compreendido, se não tinha perdido nada. Pensei, ao iniciar a leitura, que me acostumaria com a escrita do autor e iria passar a gostar de toda aquela confusão a qual eu estava me enfiando. O livro não é do tipo de me exaurir ao ponto de eu abandoná-lo, eu consegui chegar ao seu fim. Ele só não conseguiu me atrair para dentro dele.

O escritor não conseguiu me trazer nenhuma emoção, não senti raiva, nem tristeza, nem alegria, me senti um robô lendo sobre a história de Case e seu novo trabalho. Li sempre esperando alguma reação da minha parte, algum momento o qual eu ficasse tensa pelos personagens criados… infelizmente fechei o livro sem isso ocorrer. E preciso, ao ler um livro, criar empatia pelos personagens, me apaixonar de alguma forma pelo universo descrito. Não culpo o autor por eu não ter me interessado por esta leitura, mas de o livro não ter sido compatível com minha visão de mundo.

Por isso, para aqueles apaixonados por universos cibernéticos, matrix e estilo cyberpunk, vale a pena tentar embarcar nesta leitura. Não desistam da leitura só por minha resenha, é um clássico da cultura pop e vale a pena ser explorado, mesmo que seja abandonado logo em seguida. Só aviso: a sua leitura não é leve e nem rápida.

 

Amor a todos ❤

O planeta dos macacos

Informações gerais: escrito por Pierre Boulle, lançado pela editora Aleph. Ficção – ficção científica.

Sinopse do livro (retirada da parte de trás do livro): “Em um futuro não muito distante, três astronautas pousam em um planeta bem parecido com a Terra, repleto de florestas luxuriantes e com clima ameno e ar perfeitamente respirável. Mas esse lugar – um pretenso paraíso – não é o que parece. Em pouco tempo, os desbravadores do espaço descobrem a terrível verdade:nesse mundo, seus pares humanos não passam de bestas selvagens a serviço da espécie dominante… os macacos.
Desde as primeiras páginas até o surpreendente final – ainda mais impactante que a famosa cena final do filme de 1968 -, O planeta dos macacos é um romance de tirar o fôlego, temperado com uma boa dose de sátira. Nele, Boulle revisita algumas questões mais antigas da humanidade: O que define o homem? O que nos diferencia dos animais? Quem são os verdadeiros inimigos da nossa espécie?
Publicado pela primeira vez em 1963, O planeta dos macacos, de Pierre Boulle, inspirou uma das mais bem-sucedidas franquias da história do cinema, tendo início no clássico de 1968, estrelado por Charlton Heston, passando por diversas sequências e chegando às adaptações cinematográficas mais recentes. Com milhões de exemplares vendidos ao redor do mundo. O planeta dos macacos é um dos maiores clássicos da ficção científica, imprescindível aos fãs da cultura pop.”

Comicamente, ainda não assisti o primeiro filme do Planeta dos macacos, somente os dois últimos lançados, então, quando vi que a editora Aleph (uma das editoras mais queridinhas por mim ❤ ) tinha lançado ele, comprei assim que pude e terminei de lê-lo por agora. Achei interessante eu ler antes de eu assistir os filmes mais antigos, porque assim seria como lesse uma história quase desconhecida para mim, e valeu a pena esse plano. Os novos filmes tem semelhanças com o que o autor passa, mas não com a história por ele escrita. A história tem um final surpreendente, o qual, eu já soube antes de começar o livro, é diferente do final do filme. A leitura também é todo momento uma crítica e questionamento da humanidade e do desenvolvimento do ser humano.

O livro é dividido em três partes bem marcadas por “desenhos” abstratos, além de possuir no final entrevista com autor, um artigo e um posfácio maravilhosos! A capa para mim também é muito interessante, não possui orelhas e já nos apresenta um pouco do que encontraremos ao longo da leitura. Demorei umas 70 páginas para pegar o ritmo da leitura, pois achei o início muito parado, sem muita ação, porém foi um livro muito divertido para mim no final das contas. O início pode ser lento, mas é necessário para entendermos a história a fundo, os motivo dos personagens começarem suas aventuras e para nos deixar curiosos com várias questões as quais vão aparecendo no livro e não irei contar para não estragar a leitura de ninguém.

Adoro livros como esse, que o autor praticamente discuti conosco, distribuindo todas as suas ideias e questões, mesmo aquelas que possuem muito a influência da época a qual o livro foi escrita. A história é levemente machistas em alguns momentos, mas não de uma forma que estrague a leitura. Pierre Boulle me fez pensar muito sobre do até que ponto somos civilizados, até que ponto não somos selvagens e o quanto somos arrogantes de todo o modo possível. O livro me fez questionar muito sobre nossa rotina, nossa cultura e das ações das nossas ciências, ele me fez pensar em nossos preconceitos e nosso comportamento diário.  A maior parte do livro também é em primeira pessoa, logo podemos atribuir muitos julgamentos e preconceitos ao personagem em si, me fazendo mais ainda olhar para dentro de mim e tentando enxergar como agiria em várias situações…

Adorei o livro e agora me sinto pronta para assistir os filmes antigos! Acho uma leitura boa para todos, principalmente para aqueles que amam ficção científica e para aqueles que assistiram os filmes. Adorei o jeito do Pierre Boulle escrever.

 

Amor a todos ❤

Mary Poppins

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Informações gerais: escrito por P. L.Travers, traduzido por Joca Reiners Terron e ilustrações feitas por Ronaldo Fraga, lançado por editora Cosac Naify. Aventura – literatura infato-juvenil.

Sinopse do livro (retirada do Skoob): “A história se passa em Londres, na Rua das Cerejeiras. A família Banks, que procura desesperadamente uma babá para seus filhos Michael, Jane e os gêmeos John e Bárbara, que são temperamentais e teimosos. Eis então que os ventos do Leste sopram e Mary Poppins chega para por ordem na bagunça, com seu jeitinho super especial.”

Esse livro é muito encantador deste seu primeiro capítulo com a chegada da Mary Poppins pelo vento do leste.

Mary Poppins é uma babá a qual odeia ser desobedecida, inclusive por seus patrões, e faz tudo aquilo que diz que irá fazer. Ela é misteriosa, preocupada com o seu estilo, sua aparência e com a moda, mágica, firme, zangada na maior parte do tempo e adorada por todos. Eu fiquei a cada página mais e mais curiosa com essa personagem, pois ela se recusa, na maior parte do tempo, responder as perguntas feitas pelas crianças (e por mim mesma); entretanto, aonde ela está, coisas inacreditáveis e impossíveis acontecem e ela os trata como acontecimentos mais normais do mundo. Por todo livro me senti participando de todas essas as aventuras incríveis descritas e até mesmo me emocionando um pouco em certos momentos.

Após a leitura, cheguei a conclusão de esse livro não ser só para crianças, mas para todas as idades, com cada capítulo sendo como um conto,e, ao mesmo tempo, somando todos eles, conta como foi a temporada da Mary Poppins na casa da família Banks. As ilustrações são também lindas e combinam o tempo todo com a narração do livro, porém nos deixando um espaço para a imaginação. É um livro que acaba nos trazendo um pouco de mágica em nossas vidas, rompendo com o cotidiano, não só da família Banks, como o nosso próprio. Um livro para ser deliciado a cada palavra.

Com esse livro eu fiquei apaixonada por Mary Poppins!

Amor a todos ❤